Enquanto Jerônimo Rodrigues posa de governador, quem comanda de verdade a Bahia são os criminosos. Na madrugada deste domingo (20), um jovem foi executado a tiros no bairro do Uruguai, em Salvador. Cercado por homens armados, ele não teve chance de escapar e morreu no local. Foram mais de dez disparos. A cena foi isolada pela PM, mas até agora o governo não se pronunciou.
A barbárie virou rotina na capital.
Na noite anterior, dois homens foram baleados na Ribeira, em frente à barraca Helenita. Um ataque descrito como uma “chuva de bala”, que deixou o garçom Marcos Antônio e o guardador André Luiz gravemente feridos. Populares socorreram as vítimas, já que a estrutura do Estado é cada vez mais ausente. O caso está nas mãos da 3ª Delegacia do Bonfim, mas a população não tem mais esperança: em Salvador, os crimes se acumulam e a justiça não chega.
Na sexta (18), o corpo do advogado Danilo Cerqueira apareceu boiando na Prainha do Lobato. Desaparecido há dias, ele foi reconhecido por colegas, que agora se despedem em meio à revolta. A família já havia registrado o desaparecimento na delegacia, mas o desfecho foi trágico. Mais uma vida perdida sob a omissão de um governo que abandonou completamente a segurança pública.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia liderou em 2023 o ranking de mortes violentas intencionais com 6.586 assassinatos. Em Salvador, a escalada da criminalidade virou pauta diária nas redes sociais.