
A delação premiada de Cristiana Taddeo, representante da Hempcare, ressuscitou antigas controvérsias envolvendo Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual Ministro da Casa Civil.
A delação, vazada e publicada pelo portal Uol, revelou alegações de que a compra de respiradores durante a pandemia de covid-19, envolvendo a empresa Hempcare e intermediada um empresário baiano, foi marcada por sobrepreço e potencial proteção a Costa e sua esposa, Aline Peixoto. Este caso renovou o escrutínio sobre a gestão de Costa, com a delatora acusando as autoridades baianas de ocultar referências a ele e sua esposa nas investigações, sugerindo uma blindagem política.
Essas acusações trouxeram à tona discussões sobre a integridade e transparência no governo, e reacenderam debates sobre a responsabilidade e o papel de Rui Costa na administração pública.
A situação complicou-se ainda mais com a pressão por ações concretas contra Costa, refletindo um descontentamento mais amplo com sua gestão, tanto no governo estadual quanto agora no federal.
O jornalista Tales Farias expressou uma opinião forte, sugerindo que o presidente Lula deveria adotar a “lei Itamar Franco”, afastando ministros sob acusação para preservar a imagem do governo.
Embora Lula tenha manifestado apoio a Costa, descrevendo-o como um “primeiro-ministro” em função de sua coordenação governamental, as tensões internas continuam evidentes.
As relações tensas de Rui CostaCosta com figuras como Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e o contexto de disputas políticas internas, expõem as fraturas dentro do PT e os desafios políticos que o ex-governador da Bahia enfrenta, numa trama que mistura questões de governança, lealdade partidária e estratégias políticas.