
O chanceler Mauro Vieira se reuniu com o ditador cubano Miguel Díaz-Canel, em Havana, na última sexta-feira (24), para discutir maneiras de fortalecer os laços entre Brasil e Cuba. Segundo Díaz-Canel, a conversa abordou “projetos de cooperação” e ocorreu a convite de Lula, que busca ampliar as relações com países do Caribe.
Desde o início do governo petista, o Brasil tem se posicionado contra o embargo econômico imposto à ilha e demonstrado apoio ao regime cubano em fóruns internacionais.
Essa reaproximação ganhou destaque na Assembleia Geral da ONU, em 2023, quando Lula defendeu o fim do embargo, alegando que ele penaliza a população mais vulnerável de Cuba. O chanceler Mauro Vieira reforçou o discurso ao criticar as sanções impostas à ilha, enquanto elogiava a decisão de Joe Biden de retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, medida que vinha desde a gestão de Donald Trump. O gesto reflete uma mudança clara na política externa brasileira, que prioriza o alinhamento com regimes como o de Cuba.
A postura de Lula e de seu governo, no entanto, tem gerado críticas internas e internacionais. Para a oposição, o Brasil estaria novamente se colocando ao lado de ditaduras enquanto ignora violações de direitos humanos e a falta de liberdade na ilha.
Com as eleições americanas se aproximando, figuras como Mike Waltz, aliado de Donald Trump, já sinalizam que qualquer afrouxamento em relação a Cuba pode ser revertido por uma nova gestão republicana, mantendo a pressão sobre o regime de Díaz-Canel.