
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, prestou depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (15). Rivaldo é ouvido no processo que pode resultar na cassação de Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Barbosa afirmou que a execução de Marielle e Anderson foi orquestrada pela milícia do Rio de Janeiro. Ele também negou ter qualquer relação com os irmãos Brazão, afirmando nunca ter falado com eles.
Rivaldo Barbosa assumiu a Polícia Civil um dia antes do assassinato de Marielle e, segundo a Polícia Federal, teria auxiliado no planejamento do crime e atrapalhado as investigações, acusações que ele nega. Ele diz que sua única participação foi designar o delegado Giniton Lages para apurar o caso. Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, são suspeitos de terem mandado matar Marielle Franco em 2018.
Após a prisão dos irmãos, a bancada do PSOL pediu a cassação do mandato de Chiquinho por quebra de decoro parlamentar. Rivaldo Barbosa, que também foi preso em março deste ano, disse ter perdido 15kg desde o início do processo.