Rodrigo Maia: “a aliança DEM e PSDB vem sendo muito desgastada nos últimos anos. Isso mostra que o ciclo está terminando”

“Essa aliança vem sendo muito desgastada nos últimos anos. Em 2010, a composição foi difícil e em 2014 deixaram o DEM fora da chapa majoritária. Tudo isso mostra que o ciclo está terminando”, disse. A parceria vem desde a primeira eleição presidencial de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, quando o DEM ainda se chamava PFL e ocupou a vaga de vice. Foi quebrada, porém, em 2002, ano em que o apoio se deu apenas no segundo turno. Pré-candidato à Presidência, Maia pregou um novo polo de poder, longe dos tucanos e do MDB. Apesar de ter apenas 1% das intenções de voto, prometeu levar a campanha “até o final” e negou que vá jogar a toalha para se aliar ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Desistir em nome de quê? De uma derrota?”, perguntou.

Maia disse não temer que uma fragmentação das candidaturas de centro leve à derrota nas urnas. Para ele, a esquerda está também dividida. “E por quê? Porque é o fim de um ciclo. A sociedade ainda não enxergou ninguém para comandar um novo ciclo. Mas uma aliança não necessariamente gera sinergia. Em política, nem sempre um mais um é igual a dois. Às vezes, o eleitor de um não aceita o do outro e acaba que, além de não ganhar um lado, você perde o seu”.

Rodrigo Maia disse ainda que não vê possibilidade de resgatar a aliança histórica entre o DEM e o PSDB. “Neste momento, não. Vamos continuar dialogando e aquele que chegar no segundo turno apoia o outro. Essa aliança (PSDB e DEM) vem sendo muito desgastada nos últimos anos. Em 2010, a composição foi difícil e em 2014 deixaram o DEM fora da chapa majoritária. Tudo isso mostra que o ciclo está terminando. A maioria do partido entende que o PSDB sempre priorizou seus projetos, e não o coletivo. Não é o meu caso, que cheguei à presidência da Câmara com o apoio do PSDB”.

Diante da especulação de que o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) poderia ser vice de Alckmin, isolando o DEM, Maia reagiu: “Isolado? Isso é invenção. É legítimo que Michel possa construir com Fernando Henrique uma aliança. Eles têm uma relação histórica e são da mesma geração. Agora, não é dessa aliança que queremos participar. O ciclo de 30 anos pode acabar nessa eleição. Há um esgotamento. Está na cara que a sociedade não aceita mais as práticas, os métodos e a forma de se fazer política atual. Ou a gente vai construir essa solução ou ela será dada por um extremismo que não é bom”.

Presidente da Câmara descarta apoio a Ciro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem conversado com o PP, PR, PRB e o Podemos, para articular um bloco alternativo na eleição presidencial. No entanto, parte dessas siglas começou a flertar com Ciro Gomes, do PDT. Questionado se o DEM pode apoiar o pedetista, o dirigente da Câmara foi enfático: “Não acredito em apoio a Ciro. Vamos levar minha candidatura até o final”. Questionado sobre a saída de cena do ex-ministro Joaquim Barbosa, se ela favorece a quem, já que o PSB estava dividido entre Ciro, Alckmin, o PT e neutralidade…, Rodrigo Maia enfatiza que “ninguém está conseguindo liderar campo nenhum nessa eleição. É por isso que não unifica”.

Questionado sobre o fato do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) continuar forte, ele diz que Bolsonaro é mais à direita. “Nos valores, ele é extrema-direita; na economia, é centro-esquerda porque é nacionalista, vota uma agenda de intervenção na economia”. Rodrigo Maia foi perguntado ainda se carregar o presidente Michel Temer na campanha era um fardo. Imediatamente, o democrata disse que a questão não era carregá-lo. “Ele disse que ia fazer uma transição. Temos de construir uma candidatura que possa trabalhar pela conciliação do Brasil. Desse projeto todos podem participar, inclusive a esquerda. O próximo presidente, independentemente do campo que represente, precisará ter a capacidade de, no dia seguinte à vitória, sentar e pactuar uma agenda mínima, de recuperação da economia e das condições para reduzir as desigualdades”.

Informações reproduzidas da Tribuna da Bahia On Line

 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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