
Em um determinado momento da audiência pública sobre violência obstétrica na sexta-feira (21), a vereadora Rogeria Santos (PSB), mediadora da discussão, questionou a diretora da Maternidade Tsylla Balbino, Rita Calfa, sobre o investimento de R$ 230 mil para 350 partos por mês, na tentativa de entrar no debate político ao apontar o atendimento às mulheres grávidas no âmbito estadual, mas optou por não politizar a questão, apesar de considerar o recurso “insignificante”.
“Eu achei um valor muito insignificante para a quantidade de atendimentos e pela tecnicidade que envolve o processo de uma maternidade, que não é uma coisa tao simples assim, que é complexo”, critica Rogéria.
Perguntada se a questão política entrou em jogo, a vereadora disse que o que entra em jogo é a preocupação com as mulheres. “Eu tenho acompanhado a temática da maternidade na Bahia e em Salvador onde as mulheres têm chegado nas maternidades e não têm sido atendidas ou então ficam horas aguardando atendimento. Deveria funcionar a recepção ao atendimento para ver a caracterização do risco, mas nem todas têm esse atendimento. A minha preocupação é essa. Eu confesso que evito em me envolver em conflitos políticos. Me envolvo por conta daqueles conflitos que afetam a população. Eu preciso estar informada e criar meios de mudar essa história. A população nos elegeu e não pode sofrer. A gente precisa criar meios para que isso seja solucionado. Onde, como vai acontecer e de que forma vai acontecer? Vou tentar buscar ajuda, já que quem deveria fazer não estar fazendo. Então, a gente vai buscar ajuda. É esse o meu papel, de ajudar a população. É isso que me preocupa, em ver a situação das grávidas, de como elas têm sido tratadas. A gente passa em maternidades e ver filas enormes. São essas coisas que me preocupam. Preocupação política não tenho nenhuma, porque cada um dá o que tem. O Tsylla é uma maternidade no âmbito do Estado, mas se tiver em minhas mãos buscar uma ajuda para o Tsylla, lógico que vou buscar porque quem será beneficiado não é o governo do Estado, quem será beneficiado são as mulheres”, defende Rogéria.
Rafael Santana