
O dólar comercial voltou a ultrapassar os R$ 6 nesta segunda-feira, 2, marcando R$ 6,006 no fechamento, repetindo o recorde histórico da taxa cambial brasileira. Este é o quarto aumento consecutivo, reflexo das dificuldades do governo Lula em apresentar medidas fiscais que convençam o mercado. Desde quarta-feira, 27, quando o dólar estava em R$ 5,91, a moeda americana subiu R$ 0,09, pressionada pelo pacote econômico liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi recebido com ceticismo por analistas financeiros.
Haddad atribuiu a disparada da moeda a um “ruído” no “debate sobre a renda”, mas instituições como o Barclays já ajustaram previsões para a taxa Selic, esperando uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom, levando a taxa para 12% ao ano.
A incerteza sobre a política fiscal do governo e a fragilidade das ações anunciadas vêm alimentando o cenário de desconfiança, impactando diretamente o bolso do brasileiro e o cenário econômico do país.