
Renato Cariani, conhecido fisiculturista e influenciador com uma legião de seguidores nas redes sociais, está no centro de uma controvérsia que vai muito além dos músculos e suplementos. Desta vez, o foco não está em suas dicas de treino ou recomendações de whey protein, mas em uma operação policial que trouxe à tona um lado oculto de suas atividades empresariais.
A empresa Anidrol, da qual Cariani é sócio desde 2008, foi acusada de vender substâncias químicas com um destino bem diferente dos ginásios: o mundo do tráfico de drogas. O que parecia ser apenas um negócio ligado à saúde e bem-estar escondia, segundo a Polícia Federal, transações que forneciam ingredientes para a produção de crack e cocaína.
A trama se complica com a revelação de que a Anidrol, localizada em Diadema, São Paulo, teria utilizado nomes de grandes empresas para camuflar essas vendas ilícitas. Documentos e investigações anteriores já apontavam suspeitas, mas a história ganhou novos contornos com a descoberta de e-mails e recibos que ligam Cariani e um amigo a um esquema de falsificação de documentos e identidades para facilitar essas transações. A ação da PF desvenda não apenas um esquema de desvio de produtos químicos, mas também coloca em xeque a imagem de um dos nomes mais conhecidos do fisiculturismo nacional.