
O incêndio em dois imóveis na Baixa dos Sapateiros, que destruiu diversos estabelecimentos comerciais na noite de segunda-feira, 3, foi a última entre as quatro ocorrências semelhantes registradas em Salvador em 24 horas.
Segundo o balanço do Corpo de Bombeiros, desde a noite de domingo, 2, até a noite desta segunda, outros três estabelecimentos foram consumidos pelo fogo nos bairros de Cajazeiras, Barra e Largo do Tanque.
O primeiro deles ocorreu em Cajazeiras VIII, por volta das 23h de domingo, quando as chamas começaram a se espalhar em um galpão de madeira, localizado no setor C do bairro. O espaço, que pertencia à construtora responsável pela reforma de um conjunto habitacional na região, ficou completamente destruído, incluindo móveis e a documentação armazenada no térreo do estabelecimento.
Durante a madrugada de segunda, 3, um incêndio atingiu o andar térreo de um imóvel de três andares localizado em uma transversal da rua Barão de Sergy, no Porto da Barra. As chamas começaram por volta das 4h e destruíram os objetos armazenados no local, entre eles 43 cadeiras de praia e sombreiros. Os moradores desconfiam de que foi um incêndio criminoso.
Já uma loja de colchões na avenida Teixeira, no bairro de São Caetano, foi alvo de um incêndio de grandes proporções, que começou na manhã de segunda. Os bombeiros foram acionados para debelar as chamas.
Imóvel antigo
No caso da Baixa dos Sapateiros, segue desaparecido o proprietário da Serraria e Organização Carvalho, José Hunaldo Moura de Carvalho, de 85 anos, que fica em um dos imóveis atingidos pelo incêndio.
O funcionário Renato Souza, de 58 anos, que trabalhava há 20 com José Hunaldo, afirma que o imóvel era antigo e as instalações “não eram tão boas”, o que pode ter contribuído para o fogo se alastrar com facilidade.
“Era uma serraria e, aqui na frente, ele montou um bazar. Eu trabalhava diretamente com ele, tinha um comércio na frente da loja e, quando ele saía, eu ficava tomando conta da loja. Ele ia se operar e estava resolvendo se eu ia ficar tomando conta da loja ou se ia fechar. Ele morava aí e não saía para não pegar engarrafamento. O imóvel era um pouco antigo e as instalações também não eram muito boas”, ressaltou.
Informações reproduzidas do A TARDE On Line