
A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou, nesta terça-feira (13), dois novos pedidos de empréstimo do governador Jerônimo Rodrigues (PT), totalizando R$ 4,5 bilhões. Com isso, o montante de empréstimos solicitados pelo governo petista desde 2023 chega a R$ 18,5 bilhões, distribuídos em 18 operações de crédito em apenas dois anos e cinco meses de gestão.
O líder da oposição na AL-BA, deputado Tiago Correia (PSDB), criticou a aprovação dos empréstimos em regime de urgência, sem discussão nas comissões temáticas da Casa. O parlamentar afirmou que o governo transformou a Assembleia em um “mero balcão de crédito”, alertando para o risco de endividamento do Estado e a falta de transparência na destinação dos recursos.
Os dois novos empréstimos aprovados destinam-se a diferentes finalidades: R$ 3 bilhões para o pagamento de precatórios vencidos e R$ 1,5 bilhão para investimentos em mobilidade urbana, infraestrutura viária, hídrica e urbana.
A oposição também questiona a ausência de obras estruturantes realizadas pelo governo Jerônimo Rodrigues. Apesar de promessas de projetos como a Ponte Salvador-Itaparica, até o momento, apenas etapas iniciais, como investigações do solo, foram concluídas, sem previsão concreta para o início das obras.
Além disso, obras iniciadas em gestões anteriores, como a duplicação da Avenida Presidente Vargas em Vitória da Conquista, permanecem inacabadas, gerando transtornos à população e sendo alvo de críticas pela lentidão e falta de conclusão.
A gestão atual tem sido marcada por uma sequência de empréstimos sem a devida transparência e sem a realização de obras significativas que justifiquem o endividamento crescente do Estado.
A população baiana aguarda por ações concretas que tragam melhorias reais, enquanto observa o aumento da dívida pública sem contrapartidas visíveis.