
Quem passou pela Av. Paralela nesta quarta-feira (5), se deparou com quatro outdoors afixados nas vias de acesso e saída do CAB (Centro Administrativo da Bahia) com mensagens dirigidas ao governador Rui Costa. Num deles está escrito “Cadê a progressão e promoção 2016? Só atinge o limite na nossa vez?”.
Assinada pela Associação dos Analistas Técnicos do Estado da Bahia (Ateba), os outdoors antecipam a paralisação de 24 horas marcada para esta quinta (6), por servidores estaduais de várias categorias – saúde, Justiça, fazenda, universidades, professores e até policiais –, dentro da agenda de atividades da campanha salarial de 2017.
A mobilização começa às 9 horas, em frente ao antigo “Bahia Café Hall”, na Paralela, com trio elétrico, fanfarra, faixas e bonecos gigantes. Depois os servidores seguem em passeata até a governadoria, no CAB.
Pauta
A ideia é cobrar do governador uma posição sobre o documento entregue em novembro com as reivindicações das categorias. Rui Costa já avisou que os servidores públicos da Bahia não devem ter reajuste salarial este ano.
“Vamos tentar ser recebidos pelo governador, lembrar que estamos com reajuste zero desde 2015 e buscar abrir as negociações salariais, já que a nossa data-base foi em 1º de janeiro”, informa a presidente da Federação do Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Marinalva Nunes.
Na pauta deste ano consta reajuste linear com reposição da inflação (cerca de 11% no acumulado desde 2016); aumento do auxílio alimentação que está congelado há cerca de 10 anos; promoção e progressão de carreiras; o pagamento da Unidade Real de Valor (URV) já autorizado judicialmente; e aquisição do Hospital Espanhol para atender os servidores públicos do estado.
Limite de gastos
O secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, disse que o governo está aberto ao diálogo e disposto a receber, nesta quinta, uma comissão de servidores.
Gomes lembrou que ele e o governador foram sindicalistas, que reconhecem a importância do servidor público, mas que o governo foi forçado a suspender o reajuste nestes dois anos, porque está no limite prudencial de gastos com pessoal.
“Com toda a crise, temos nos esforçado manter os salários dos servidores em dia”, afirma o secretário.
Fonte: A TARDE