
A sessão solene em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher realizada na Câmara Municipal de Salvador, nesta sexta-feira (17), no Plenário Cosme de Farias, foi marcada pela apresentação de políticas públicas para a redução da desigualdade de gênero e da violência contra a mulher, em desenvolvimento pela prefeitura e governo do estado.
Na oportunidade, profissionais das mais diversas áreas foram homenageadas pelas vereadoras que compõem a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM). A atividade contou com a participação do presidente do Legislativo Municipal, vereador Leo Prates (DEM), apresentação do Coral da Câmara e da cantora moçambicana Ofélia Madeira.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), afirmou que a melhor forma de homenagear as mulheres é refletindo sobre a situação em que elas vivem em nossa cidade. “Salvador possui três milhões de habitantes e 53% são mulheres. Esta é a mais pobre entre as capitais e a pobreza e o desemprego afetam mais as mulheres, que representam 26% dos desempregados. Somos responsáveis pelo sustento de 44% dos lares da capital. Precisamos discutir a situação da mulher e como o poder público responde as suas demandas”, analisa.
Já o presidente Leo Prates frisou que a Comissão da Mulher dá visibilidade em situações de machismo e violência, além de ajudar a sociedade na busca pela igualdade de gênero. “Nesta legislatura temos oito mulheres, mas desejo que elas sejam maioria nesta Casa e ocupem 22 cadeiras. São elas hoje que conduzem nossa sociedade e aqui dentro também desenvolvem um importante trabalho”, disse o vereador.
Políticas Públicas
A apresentação das políticas públicas ficou sob a responsabilidade das secretárias estadual e municipal de Políticas para as Mulheres. De acordo com Aladilce, o material servirá de subsídio para o trabalho do colegiado.
A titular da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres (SPM), Julieta Palmeira, atentou para a importância da autonomia econômica das mulheres: “Temos que fortalecer a rede de atendimento da mulher em situação de violência. Com a autonomia econômica as mulheres vão conquistando o seu espaço dentro da sociedade, para que não dependam de ninguém. Precisamos de ações concretas que envolvam o governo e a sociedade”.
A SPM desenvolve programas como o Casa de Farinhas Móveis, Cravos e Rosas na Paz, entre outros, além do trabalho integrado com a Polícia Militar para o desenvolvimento da Ronda Maria da Penha, ação policial voltada para a proteção das mulheres vítimas de violência.
A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude foi criada há três meses. “Buscamos atuar na divulgação da rede de proteção à mulher e também com ações temáticas de conscientização para que elas entendam a consequência do abandono do estudo e a importância da qualificação para o mercado de trabalho”, disse a titular da pasta, Taíssa Gama.
Sob responsabilidade do órgão existem duas casas de acolhimento e programas que fornecem auxílio aluguel e famílias para mulheres vítimas de violência.
Fizeram parte da mesa de trabalho as vereadores e integrantes da Comissão Aladilce Souza, Cátia Rodrigues (PHS), Ana Rita Tavares (PMB), Lorena Brandão (PSC), Marcelle Moraes (PV), Marta Rodrigues (PT), Rogeria Santos (PRB) e a suplente Ireuda Silva (PRB).
Também compuseram a mesa a deputada estadual Fabíola Mansur (PSB), a defensora pública Viviane Luchini, a presidente do Conselho Municipal de Mulheres – Madalena Noronha, a major PM Denice Santiago, a cônsul de Cuba – Laura Pujol, a presidente da Associação José Marti – Ivone Souze e a presidente do Conselho Estadual da Juventude – Natalia Gonçalves.
Fonte: Secom/CMS