
O Carnaval no Brasil é sinônimo de folia, liberdade e desejos à flor da pele. Para muitos casais, a celebração é também o momento perfeito para explorar fantasias sexuais, incluindo uma das mais populares: o sexo na praia. De acordo com pesquisas recentes do Sexlog, maior rede social adulta do Brasil, com mais de 22 milhões de cadastros, a prática é um desejo recorrente entre brasileiros.
Para aprofundar o assunto, a plataforma convidou a psicóloga e especialista em sexualidade Renata Lanza para analisar os riscos, cuidados e aspectos psicológicos envolvidos.
Popularidade e desejo pelo sexo em locais públicos – Segundo levantamentos do Sexlog, locais públicos aparecem entre os favoritos dos casais para experiências sexuais fora do convencional. Além da excitação gerada pelo risco de serem descobertos, o ambiente paradisíaco das praias contribui para esse desejo. “Fantasias que envolvem sexo em público estão entre as campeãs de acordo com pesquisas. O risco de serem vistos, o cenário paradisíaco, tudo isso pode ser bem excitante para algumas pessoas”, explica Renata Lanza.
Mayumi Sato, CMO do Sexlog, comenta sobre a recorrência dessa fantasia: “A ideia de se entregar ao momento, sem amarras, é algo que instiga muita gente. Mas é preciso considerar as consequências dessa escolha e tomar precauções para evitar problemas.”
Riscos e Cuidados – Apesar de excitante, a prática exige cautela. Sexo em locais públicos pode ser enquadrado no artigo 233 do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de três meses a um ano de detenção ou multa para quem for flagrado cometendo atos obscenos. Além do risco legal, a exposição pode resultar em constrangimentos e até registros não consentidos por terceiros. “Não queremos que um momento de tesão vire um grande problema”, alerta Renata.
Do ponto de vista da saúde, há riscos consideráveis. O contato com a areia pode causar irritações, infecções e reações alérgicas. “A areia pode trazer fungos, bactérias e até machucar a pele. Dependendo da fricção, pode entrar em orifícios como canal vaginal, ânus e boca, causando desconforto e infecções”, esclarece a especialista.
O sexo na água do mar também não está livre de perigos. Além de remover a lubrificação natural do corpo, aumentando o atrito e o desconforto, a água salgada pode causar irritações e carregar agentes infecciosos. “A água do mar nem sempre é limpa e pode transmitir doenças”, alerta Renata.
Antes de mais nada… Para aqueles que desejam realizar a fantasia sem tantos perigos, algumas precauções podem ser adotadas:
Converse sobre essa fantasia com seu par na praia, mas que tal deixar a coisa esquentar e finalizar na segurança de um quarto de motel?
Que tal ouvir contos eróticos com sua parceria e deixar a imaginação contagiá-los antes de partir pra ação?
Se o desejo é falar mais alto, escolha uma praia mais deserta e horários de menor movimento.
Optar por posições de pé para minimizar o contato com areia e água.
Ter atenção às marés, ventos fortes e pedras escorregadias.
Avistou crianças e famílias mesmo que longe? É hora de baixar a temperatura e voltar para casa!
Preservativos e lubrificantes: quais os mais indicados? O uso de preservativo continua sendo essencial, mas há riscos. “Na água, o preservativo pode escorregar ou romper sem que o casal perceba. Ainda assim, é melhor usá-lo do que correr riscos”, pontua Renata. Para lubrificação, a recomendação é optar pelos lubrificantes à base de silicone, que não saem com a água tão facilmente quanto os de base aquosa.
Alternativas seguras para realizar a fantasia – Para quem deseja viver essa experiência sem infringir a lei ou correr riscos desnecessários, há alternativas. “Uma praia privativa é a opção mais segura, pois evita exposição e problemas legais. Outra ideia interessante é um quarto de hotel com vista para o mar, garantindo conforto e privacidade”, sugere Renata.
Mayumi Sato reforça: “A excitação pelo proibido é compreensível, mas ninguém quer estragar um momento de prazer com uma situação desconfortável ou perigosa. Se a ideia é inovar, que seja com segurança!”