
A denúncia de que a BYD submeteu 163 trabalhadores chineses a condições análogas à escravidão em Camaçari chocou a Bahia e levantou sérias dúvidas sobre a responsabilidade do governo estadual.
Apesar da gravidade das acusações, o governador Jerônimo Rodrigues segue em silêncio, evitando se posicionar sobre a exploração subumana que teria ocorrido sob os olhos das autoridades. A parceria entre a empresa e o Estado deveria garantir não apenas benefícios econômicos, mas também o cumprimento das leis trabalhistas e dos direitos humanos, o que claramente não aconteceu.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, não poupou críticas à postura de Jerônimo Rodrigues e cobrou ações concretas.
“Cabe ao governador apurar, se manifestar e tomar as providências”, afirmou.
Para Bruno, a omissão do petista é inaceitável, especialmente diante de uma situação tão grave que envolve uma empresa com estreitas ligações com o governo estadual. O caso expõe falhas gritantes no sistema de fiscalização e um governo mais preocupado com negociações de cargos do que com a defesa da dignidade dos trabalhadores.
A indignação popular cresce à medida que novos detalhes vêm à tona, reforçando a percepção de que a BYD agiu com total descaso pelas leis brasileiras. Os trabalhadores, submetidos a jornadas exaustivas, ambientes insalubres e assédio, são vítimas de um sistema que o governo deveria combater, mas parece fechar os olhos.
“O silêncio do governador, até então, sobre esse assunto, chama a atenção? Cabe a ele apurar, se manifestar e tomar as providências. Afinal de contas, esta é uma parceria que o Estado está participando e o Estado tem a obrigação de exigir o cumprimento das leis.”