
A aprovação da política de inclusão de alunos pelas cotas raciais e oriundos de escolas públicas na Universidade de São Paulo (USP), foi destacada pelo vereador Sílvio Humberto (PSB), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS), na quarta-feira (5). Na ordem do dia da Casa Legislativa, estava pautada a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, que foi aprovada com voto contrário do parlamentar.
Sílvio Humberto aproveitou a sua fala para registrar a importância da implantação das cotas raciais e para alunos de escolas públicas no vestibular da instituição de ensino. “A USP era um dos últimos bastiões da resistência às políticas de ações afirmativas. Uma universidade elitista e que resistia a esse avanço, encampado por quase todas as instituições de ensino do país”, pontua o vereador.
O parlamentar ressaltou o fato como digno de comemoração, mas sem deixar de chamar a atenção para a necessidade do acompanhamento do processo, fazendo alusão aos graves problemas enfrentados pelas políticas de cotas em certames universitários e concursos públicos por todo o Brasil. “É uma vitória do povo negro, resultado de muita luta e resistência. Devemos comemorar, mas sem descansar. Não podemos abrir espaço para a ‘afro-conveniência’, que tem feito sucessivos ataques às nossas conquistas”, alerta Sílvio, ao fazer referência aos casos de falsidade nas autodeclarações de negritude em concursos públicos.
A nova política aprovada pelo Conselho Universitário da USP, órgão máximo de decisão da universidade, já vale para o próximo vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Em 2018, a USP oferecerá 11.147 vagas de graduação, sendo que 75,4% serão selecionadas pela Fuvest e 24,6% serão oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Fonte: Secom/CMS