
Um dos principais representantes dos movimentos sociais na Câmara Municipal de Salvador, o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) inicia novo mandato durante a reabertura dos trabalhos da 18ª legislatura a partir desta quinta-feira (2) com dois desafios: Legislativo ao assumir o novo cargo como Ouvidor da Casa na gestão do atual presidente Leo Prates (DEM) e outro político sob a ameaça de expulsão do Partido dos Trabalhadores sob a decisão da Executiva do partido em Salvador por integrantes de movimentos negro e sindical.
Diante da ameaça de expulsão do PT pelo Diretório do partido por uma suposta infidelidade partidária em apoiar a candidatura da colega de partido, vereadora Marta Rodrigues como presidente da Casa, Suíca afirma que a decisão de uma parte da Executiva Municipal do partido foi “equivocada” e “atropelada”.
“Nós que temos o desejo de continuar no partido e reconstruir o partido encaminhamos um recurso estadual de instância maior que deve ser analisado com muita sensibilidade sobre a importância que os dois mandatos têm, tanto de Moisés quando o de Suíca, dois mandatos que, em momento nenhum, deixou de honrar a bandeira do PT, a sigla do Partido dos Trabalhadores, e foram mandatos que ajudaram a construir e fortalecer os movimentos sociais, o movimento negro e os movimentos sindicais. O nosso desejo é de continuar no partido. Fortalecer, pactuar e conversar para que a gente possa apresentar algo palpável e real para a cidade, um projeto que possa ajudar a cidade e as pessoas que ainda são desprovidas do poder público em suas vidas”, disse Suíca que defende o fortalecimento do PT.
“Reerguer esse partido, pois diante da crise política que enfrentamos em nível nacional, o PT foi o partido que mais sofreu. Este é um momento muito importante, mas de muita tranquilidade porque nós precisamos retomar a credibilidade que o povo nos depositou”, defende Suíca.
Como líder do PT na Câmara, o vereador Suíca garante repetir durante novo mandato o segredo do sucesso do seu mandato na legislatura passada, que é de “representar bem o Partido dos Trabalhadores no legislativo, nas ruas, nas campanha vestido de vermelho para defender o legado que o PT tem e que transformou a vida de milhares de pessoas”.
“Não sei se o partido voltou atrás, mas a decisão de virar líder do PT foi uma decisão de bancada tomada entre os três vereadores e nosso nome foi colocado sem nenhuma objeção. Eu sou líder pela bancada do Partido dos Trabalhadores e vou honrar essa liderança”, afirma o edil petista.
O petista adianta ainda que o PT tem um projeto maior para a cidade do Salvador, que é a reeleição do governador Rui Costa e a eleição de uma bancada de deputados que possam verdadeiramente representar o Estado.
Na hipótese de ser expulso pelo Partido e se teria alguma simpatia por alguma outra legenda, Suíca volta a afirmar que não há a mínima possibilidade de sair do Partido dos Trabalhadores.
“Eu nuunca coloquei essa disposição de sair do Partido dos Trabalhadores. A minha disposição é de continuar no Partido dos Trabalhadores até porque a minha cara é petista. Eu sou petista. Há uma diferença de pessoas que quuerem puxar saco e ser petista. Eu não, eu sou petista. Não tem nenhuma intenção de se filiar a um outro partido ou sair do partido, até porque quem quer sair do partido não se predispõe a ir na Executiva do partido pra debater o assunto, não se predispõe a ir no Diretório para fazer a sua defesae conversar cm os dirigentes. Quem tem disposição em sair não faz isso. O meu desejo, a minha vontade e a vontade de quem milita comigo é que eu continue e eu vou continuar no Partido dos Trabalhadores”, rebate Suíca.
Durante a nova legislatura, Suíca garante no novo mandato trabalhar com muito mais responsabilidade após ser escolhido como Ouvidor da Casa. “Temos uma missão muito grande nesse novo mandato. Eu assumi a Ouvidoria da Casa. Nós vamos lançar a Ouvidoria Itinerante que, junto com o presidente Leo Prates estamos reestruturando a Ouvidoria, equipando com automóveis para que a gente possa fazer esse trabalho itinerante nos bairros, ouvindo as pessoas in loco, construir relatórios e acompanhar o andamento dos pedidos da população”, pontua Suíca.
Rafael Santana