
A Câmara Municipal viveu um dia atípico com os protestos de mototaxistas e de trabalhadores terceirizados nas galerias do plenário durante a sessão ordinaria na tarde desta segunda-feira (3), conforme relatou o lider do PT na Casa, vereador Luiz Carlos Suica durante o debate na tribuna popular que discutiu sobre a situação das duas categorias.
Após a coordenadora-geral do Sindilimp-Ba, Ana Angélica Rabello Oliveira, usar da palavra na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador, na tarde desta segunda-feira (3), para denunciar o desrespeito dos patrões com os trabalhadores terceirizados e fazer um apelo aos vereadores para que intercedam junto aos empresários, no sentido de que avancem nas negociações, o vereador Suica, que é também dirigente da entidade, lamentou a situação da categoria, além do descaso aos mototaxistas.
“Hoje foi um dia atípico com o protesto de um conjunto de trabalhadores, taxistas, EBDA, EBAL, etc.. O caso da EBDA eu não posso, mesmo sendo da base do governo Rui Costa, enquanto sindicalista eu não posso deixar de me solidarizar com os trabalhadores da EBDA, pois estaria de encontro a tudo que aconteceu em 97 quando Imbassahy demitiu 4. 741 trabalhadores sem conversar com ninguém, mandando bater, prender”, relata.
Ao destacar a situação dos trabalhadores da limpeza, Suíca relata que acompanha de perto o sofrimento da categoria.
“Sei de cada detalhe o que esses patrões fazem. Chamo a atenção do presidente e dos vereadores da Câmara para que as empresas terceirizadas que se não quiser não querem fazer acordo com os sindicatos para proteger e garantir os direitos dos trabalhadores. O que a gente observa são os donos das empresas andando de carrões, comprando fazendas etc. Ai não dá. Eles querem o sangue e a alma dos trabalhadores. Chamo a atenção do governo do Estado e da prefeitura para que fiscalizem essas empresas”, apela.
Sem deixar de lado a preocupação em relação aos trabalhadores mototaxistas, Suica disse que acompanhou o projeto apresentado e depois a regulamentação no MP que, conforme o vereador, “virou uma crise entre os representantes”. “Aproveitaram dessa crise para fazer o que quisessem e regulamentaram da forma como quiseram, sem ouvir mais ninguém”, crítica.
Rafael Santana