
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano e já sinalizou que novos aumentos estão a caminho, podendo superar os 14% no início de 2025. A decisão foi unânime entre os nove membros do comitê, incluindo quatro indicados pelo próprio Lula, desmontando a narrativa petista de culpar Roberto Campos Neto por políticas consideradas duras. A ata da reunião destaca que o descontrole fiscal, o aumento de crédito direcionado e a incerteza sobre a dívida pública pressionam a política monetária e tornam o combate à inflação mais custoso.
Enquanto isso, Fernando Haddad tenta acalmar os mercados, mas o dólar segue disparando, refletindo a falta de confiança no governo.
Com a chegada de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central em 2025, o governo petista perderá a desculpa de atribuir as dificuldades econômicas à gestão de Campos Neto. Mesmo com promessas de Haddad de cumprir metas fiscais, a realidade das contas públicas e a atuação do próprio Copom, com maioria indicada por Lula, expõem os desafios de uma administração marcada por um gasto descontrolado.
O discurso oficial já não convence o mercado nem os próprios integrantes do Banco Central.