A mudança de local do Centro de Convenções da Bahia (CCB) do bairro de Armação para outra ponto da cidade é definida como uma catástrofe, de acordo com a seção baiana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-BA).
Para a ABih-BA, há o risco de fechamento dos quase dez mil leitos localizados nos bairros nas proximidades do equipamento. “O Centro de Convenções está instalado no meio da cidade, atende toda a hotelaria da capital e aos pontos turísticos”, ressalta o presidente da Abih-BA, Glicério Lemos.
A partir de 2013, quando o CCB recebeu um importante congresso antes de ser interditado, 12 hotéis da capital baiana baixaram as portas e aproximadamente 20 mil postos de trabalho na cadeia do turismo foram perdidos. “A crise econômica foi agravada com o fechamento do Centro de Convenções. No entorno do equipamento, os hotéis geram mais de dois mil empregos diretos e a transferência para outro lugar ocasionaria uma demissão em massa desses trabalhadores”, reforça Lemos.
O São Salvador é um dos hotéis localizados na região que pode fechar. “Como o nosso foco principal é o turismo de negócio, o que representa 90% do fluxo do hotel, a ocupação ficou bem abalada desde que o CCB deixou de operar. Sem ele, a gente amarga uma ocupação anual de 45%”, afirma o gerente de operações do hotel, David Mascarenhas.
O Piza Plaza Hotel é outro estabelecimento que enfrenta também a mesma situação. “Nos grandes congressos médicos, por exemplo, a gente chegava a alcançar ocupação de 100%. Hoje, eu estou lutando para chegar à metade disso”, pontua o gerente de operações, Fernando Araújo. “Diversos empreendimentos foram montados aqui por conta do Centro de Convenções. Eu não sei como vamos ficar sem esta estrutura”, completa.
Para amenizar a situação, a solução tem sido buscar parcerias com operadoras de turismo do Sudeste e da América Latina. “Estamos tentando captar turistas do Sudeste e do Mercosul. É a única saída para se manter”, ressalta Araújo.
Foto: Reprodução/Site Juris Bahia