A Unidade de Saúde da Família (USF) Candeal Pequeno, em Salvador, reuniu pacientes do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, na tarde desta quarta-feira (31), para mais um dia de terapia e acompanhamento com profissionais da área. Na oportunidade, os participantes celebraram o Dia Mundial sem Tabaco e aproveitaram para interagir em uma terapia de grupo, dirigida por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, enfermeira, odontóloga, agente comunitário e estagiários da Escola Bahiana de Medicina.
Frequentadora do programa há seis semanas, a manicure Janete Santos, 65 anos, saiu do município de Simões Filho para mais um dia de tratamento. Ela, que é fumante há mais de quatro décadas, diz que já percebe melhoras significativas em sua saúde. “Deixei o cigarro de sexta-feira para cá. Logo após eu tomar os medicamentos receitados no programa, comecei a enjoar do cigarro e não sinto mais as dores nas pernas que eu sentia”, comemorou.
Na Unidade de Saúde da Família (USF) Candeal Pequeno, o programa de controle do tabagismo acontece todas as quartas-feiras, de 14h às 17h. A iniciativa é dividida em dois momentos: de 14h às 15h30, os pacientes participam de uma terapia de grupo e falam das suas vivências como tabagistas, trocando experiências e dando dicas aos colegas de como suportar as crises de abstinências do cigarro. Na ocasião, os integrantes também recebem suporte em educação alimentar.
A etapa seguinte consiste em tratamento medicamentoso, quando os pacientes recebem consultas individuais. “Coisas que eles não quiseram falar no momento da terapia de grupo, podem falar conosco a sós”, conta a médica e coordenadora do Programa Municipal de Controle do Tabagismo da USF Candeal Pequeno, Maria das Graças Prisco.
Além do atendimento pessoal, os fumantes recebem gratuitamente medicamentos à base de nicotina e antidepressivos, conforme a necessidade apontada nos exames e numa triagem que avalia o grau de dependência. Cada grupo inserido na ação recebe tratamento por oito semanas. “Finalizado todo o processo, convidamos cada pessoa que participou das atividades para uma terapia mensal de grupo, durante um ano”, salienta a coordenadora Maria Prisco. Ela reforça que a ideia do acompanhamento regular serve para evitar recaídas.