
Diante da discussão sobre o aumento dos salários que paira nos arredores da Câmara Municipal, os vereadores decidiram em Reunião de Líderes da Casa realizada na manhã desta segunda-feira (19) manter os próprios salários sem reajuste pelos próximos quatro anos. Os parlamentares devem colocar em votação em sessão na tarde de hoje no plenário da Casa o projeto de reajuste dos vencimentos do Executivo e Legislativo, secretários municipais, vereadores, do prefeito e vice-prefeito, caso haja acordo entre governo e oposição.
Durante a reunião no Colegio de Lideres, os vereadores, à princípio, chegaram a um acordo em abrirem mão do direito ao aumento de salário em razão da crise econômica, o que vai resultar em uma economia significativa para o orçamento da Câmara.
A presidência da Câmara tomou a decisão de colocar o projeto em pauta durante a sessão na tarde desta segunda (19). O projeto apresentado propõe o congelamento do salário dos vereadores, que atualmente é R$ 15.031,76.
De acordo com o presidente da Câmara, vereador Paulo Câmara (PSDB), a decisão por reajuste salarial depende do acordo entre os lideres do governo, vereador Joceval Rodrigues (PPS), e da oposição, vereador Sílvio Humberto (PSB) e os demais vereadores das respectivas bases e ponderou sobre os parlamentares que querem e que não querem se expor diante dessa discussão.
“Se a Câmara assim entender que deverá votar esse subsídio, tem que ter uma ampla maioria de vereadores. Alguns vereadores já se posicionaram contra. Inclusive, na Reunião de Líderes isso vai ficar claro. Quem quer e quem não quer se expor”, disse Câmara.
Se houver consenso entre os vereadores, tudo indica que os parlamentares decidam votar por unanimidade pelo congelamento dos salários, o que facilita o acordo. O reajuste é sempre autorizado no último ano de governo que, pela legislação, seriam naturalmente reajustados por efeito cascata a partir de janeiro de 2017.
A intenção é que congelamento dos salários seja aprovado por unanimidade em um consenso entre governo e oposição, tendo em vista que, atualmente, a Câmara atravessa também um momento de crise vivido pelo país, além das dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios. Pelo acordo, tudo leva a crer que o salário dos vereadores deve continuar o mesmo nos próximos quatro anos.
Caso os vereadores decidam pelo reajuste durante a sessão na tarde de hoje (19), o salário que corresponde a R$ 15.031,76 passa para R$ 18.788,76. Já o prefeito ACM Neto (DEM) que recebe hoje R$ 18.038,10 passaria a ter uma remuneração de R$ 22.547,10 a partir do ano que vem, o que iria causa um impacto ao orçamento. Mas, ACM Neto já declarou que não vai ter aumento no Executivo.
Rafael Santana/Foto: Rafael Santana/TV Servidor