
A escolha de Augusto Vasconcelos, um comunista com ligações históricas ao movimento sindical, para comandar a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) no governo Jerônimo Rodrigues, virou motivo de piada em todo o estado. Colocar um representante de uma ideologia que acumula exemplos de colapso econômico ao redor do mundo para cuidar da geração de empregos é o tipo de decisão que só reforça a desconexão do governo petista com a realidade.
Mais que uma escolha técnica, a nomeação é o pagamento de um acordo político firmado em 2022, quando Vasconcelos retirou sua candidatura a favor de Alice Portugal e Daniel Almeida, ambos reeleitos com apoio do PCdoB.
Enquanto Augusto assume a Setre, Davidson Magalhães, antigo titular da pasta, garantiu sua sobrevivência política com um cargo no Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, mantendo intactos os espaços do PCdoB na máquina pública. Paralelamente, as suspeitas que rondam a BahiaGás, outra área sob influência comunista, seguem sem respostas. O presidente da empresa tenta se esquivar, mas é evidente que uma bomba está prestes a explodir, com denúncias que podem agravar ainda mais a situação já caótica da gestão estadual.
A inércia de Jerônimo Rodrigues ao enfrentar esses problemas e entregar ainda mais espaços aos comunistas só aumenta a percepção de que o governo baiano está mais preocupado em acomodar aliados do que em resolver os desafios do estado.