Sem ressentimento, Marta Rodrigues diz que espera do novo presidente da Câmara uma gestão profícua pela cidade e respeito aos vereadores e partidos que compõem a Casa

A vereadora reeleita Marta Rodrigues (PT), candidata que disputou a presidência da Câmara ao fazer oposição a Leo Prates, não teve êxito no pleito. Apesar da derrota, sem ressentimento, a petista reconheceu a vitória do democrata e considerou que o resultado do pleito faz parte da democracia.

“Toda candidatura cumpre um papel. O povo de Salvador nos colocou na oposição quando escolheu um outro projeto. Nós não podiamos de maneira nenhuma em um momento desse negar a nossa candidatura de oposição nesta cidade, uma cidade aguerrida, da luta, da resistencia, e isso precisa ecoar aqui neste parlamento. Isso precisa ser internalizado pelos 43 vereadores”, disse Marta.

Questionada sobre o anuncio da candidatura de última hora, a vereadora petista disse que entrou na disputa por decisão do partido. “O partido tem a cultura de maturar, de debater, do dialogar. Nós fizemos uma plenária para discutir e para ouvir. O partido acabou fazendo muitas reuniões até a gente definiir a apresentação da nossa candidatura. Quando a gente coloca um candidatura não é por nada e nem por vaidade, é em cima de um programa como nós colocamos no nosso manifesto. Foi o momento que o partido maturou e achou que nós deveríamos colocar um nome pra gente fazer desse um momento importante aqui na Casa”, explica a vereadora.

Marta comentou o elogio de Leo Prates sobre a relação com a oposição durante a disputa pela presidencia da Casa e cumprimentou o presidente eleito. “A democracia nos ensinou que a gente tem que cumprimentar  quem ganhou”, reconhece a vereadora.

“Espero dele uma gestão profícua nesta cidade e que respeite também todos os parlamentares e todos os partidos que compõem esta Casa. A Camara de Vereadores é também a Casa do contraditório e como contraditório tem que respeitar todas as opiniões dos vereadores e das vereadoras que compõem este parlamento”, espera Marta.

Questionada sobre a falta de apoio dos vereadores Suíca e Moisés Rocha sobre a sua candidatura e a relação entre os dois, a petista disse que respeita os colegas, uma vez que “cada um tem o direito de manifestar sua opinião”.

“Agora, no meu caso, eu estou respaldada pelo meu partido. Tanto é que a militancia veio para afirmar este momento que é bom pra o partido. Neste momento, nós precisamos estar firmes e coesos, porque no país, estamos vivendo uma situação delicada. O descrédito também do legislativo está enorme. O conservadorismo cada vez mais tomando conta dos espaços e nós não podemos deixar que isso ganhe força. Essa cultura do ódio, isso não pode crescer em um espaço como esse, que é uma Casa onde nós temos que fazer o debate e o debate da democracia”, argumenta.

Quanto aos defalques de alguns quadros do PT e se a eleição de Suíca como ouvidor da Camara representa um ganho para a oposição, Marta disse que o partido perdeu quatro quadros importantes, os vereadores Gilmar Santiago, Vania Galvão, Lessa e Waldir Pires.

“A oposição na Casa diminuiu em número, mas não em qualidade. Qualidade nós vamos garantir no debate qualificado. Em relação a posição de um vereador ou de outro cabe o partido tomar as devidas decisões, chamar para ouvir e para conversar. Não cabe a mim como colega e vereadora porque a gente tem que manter o debate do respeito e da convivencia. A gente convive com todos os partidos, mas a nossa candidatura cumpriu um papel importante que o partido decidiu e jamais eu vou descumprir uma resolução partidária. Resolução de partido não se discute, a gente cumpre. Eu vou lá e discuto minhas ideias, se eu perdi, eu tenho que chegar e junto com essa decisão fazer com que ela aconteca na sua integralidade, e foi isso que eu fiz”, finaliza.

Rafael Santana/Foto: Rafael Santana/TV Servidor

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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