Vereadores discutem transporte alternativo em sessão ordinária na Câmara

Credito: Rafael Santana/TV Servidor

A sessão ordinária na Câmara Municipal de Salvador que ocorreu na tarde de segunda-feira (20) teve como tema principal a discussão sobre a situação do transporte alternativo no município. Sob o comando do presidente Leo Prates (DEM), a discussão durante a sessão intitulada de ‘Tribuna Popular’ deu início com o discurso do presidente da Cooperativa de Transportes Aliança Bahia (ALBACOOP), Luiz Alberto Souza Oliveira, para em seguida, os vereadores do governo e da oposição se manifestaram durante o pinga-fogo sobre o tema em específico tratado no plenário da Casa.

Para denunciar a situação do transporte alternativo em Salvador em sua fala no plenário da Câmara, o presidente da Cooperativa de Transporte Alternativo Aliança Bahia (ALBACOOP), Luíz Alberto Souza Oliveira, relata sobre a necessidade de regularização da categoria para oferecer um melhor serviço de transporte de qualidade para a população de Salvador, principalmente, nos bairros periféricos da cidade.

“O transporte alternativo tem sido a alternativa da cidade do Salvador, que precisa de um transporte, realmente, de qualidade e até hoje eu não vi na cidade do Salvador. Eu vejo um monte de discussões e falácias, mas eu não vejo na prática nada acontecer. As cooperativas de transporte vem carregando um excedente de 872 mil pessoas por mes, 10.842 por hora, ou seja, existe uma disparidade na oferta do transporte público na cidade do Salvador, e as cooperativas organizadas vem prestando um serviço de qualidade e de relevancia que cuidam dos idosos, deficientes e de pessoas que não tem condições de acesso ao transporte. A cidade do Salvador precisa de um transporte melhor, inclusive, para o povo sofrido da Suburbana. Eu tenho 50 anos de idade e, até hoje, não vi nenhuma melhora significativa desse transporte, onde se tem um cartel, um monopólio centenário sendo guardado pelo poder público e eu venho chamando atenção para que olhem isso. Isso é um crime contra o povo que vota e que sofre. A pior coisa que tem hoje é pegar um transporte na cidade do Salvador, principalmente, lá na Suburbana. O povo de lá de Cajazeiras sofria e, hoje, temos graças a Deus o Metrô pra ajudar e amenizar, mas ainda não é o suficiente. Muita coisa tem que mudar para que o povo da cidade do Salvador venha dizer que tem um transporte perfeito para ser transportado. Até hoje, eu não vi. Estou esperando. Já tenho 50 anos. Quanto tempo mais eu tenho que esperar? Eu vejo todo mundo falando e dizendo sobre os clandestinos das cooperativas, mas aquela categoria está trabalhando. Nós das cooperativas pagamos impostos e estamos contribuindo. Nós queremos que os nobres vereadores vejam a possibilidade  de aprovar um Projeto de Lei para regularizar as cooperativas de transportes alternativos. O transporte publico na cidade do Salvador é um pseudo-transporte que diz que tem onibus novos. Eu quero e desejo para a cidade do Salvador um transporte decente para que passe a valer a defesa de alguns vereadores que dizem que o transporte de Salvador está indo bem. Não está não. Eu represento as cooperativas que estão brigando por um espaço nessa cidade tão desigual. Até quando senhores vereadores vai existir essa desigualdade na cidade do Salvador? O povo da Suburbana precisa do transporte para chegar em sua casa, na sua faculdade, na sua escola e não tem um transporte decente. O transporte é ruim e de péssima qualidade que precisa mudar muito. Estamos muito atrás em termos de transporte. É preciso ter uma decencia com o povo que precisa de um transporte de qualidade”, disse o representante da ALBACOOP.

O vereador Carlos Muniz (PTN), que foi o primeiro a  discursar na tribuna do plenário, corroborou com a fala do representante das cooperativas ao dizer que Salvador tem um transporte caótico que precisa melhorar. “A culpa não é dos vereadores. Os vereadores fazem projetos de indicação, fazem o seu trabalho no dia a dia, cobrando dos empresários que melhorem o transporte, cobrando da prefeitura que fiscalize, só que nos deparamos com um problema sério, que é a forma como foi feita a licitação. Quando não há respeito dos empresários, o qe a prefeitura tem que fazer? Tem que cobrar dos empresários e, se possível, fazer uma nova licitação. O que não pode acontecer é a população, a cada dia que passa, pagar por um serviço mal prestado”, disse Muniz.

Pelo governo, o vereador Orlando Palhinha (DEM), reconheceu a necessidade do transporte alternativo em Salvador, especialmente, nos bairros periféricos. “A cidade do Salvador necessita do transporte alternativo, principalmente, nos bairros periféricos, em Cajazeiras, Castelo Branco, no Subúrbio Ferroviário porque o transporte público não consegue chegar na cidade como todo. Assim como foi aprovado por esta Casa o Transporte Complementar (STEC), é necessário que as Cooperativas também possam ser legalizadas em sua atividade e nao tenham seus carros apreendidos pela prefeitura. Nós vereadores somos sensíveis a causa. A cooperativa pede aos governantes, a prefeitura, a Transalvador e a esta Casa que sejam sensíveis a esta causa das cooperativas. São pais de famílias que querem trabalhar , acima de tudo, eles trazem utilidade para a população de Salvador. As pessoas precisam de oportunidade para darem sua contribuição à população”, apela Palhinha.

Já o vereador Moisés Rocha (PT) disse em sua fala que nos bairros há transportes clandestinos, a exemplo das proximidades do Aeroporto, do Ferry Boat e da Rodoviária. “Na cidade há transportes clandestinos. Precisamos discutir e organizar a mobilidade nesta cidade”, defende Moisés.

Conforme o vereador Kiki Bispo (PTB), que integra a base do governo do prefeito ACM Neto, “é necessário buscar uma solução em relação ao  transporte clandestino”, inclusive, com a necessidade de uma audiencia pública com a AGERBA para discutir a questão do transporte metropolitano.

Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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