
Incansável também na luta em defesa das mulheres, a vereadora Rogéria Santos (PRB), visualiza com nitidez os avanços que aconteceram ao longo dos 11 anos da Lei Maria da Penha durante o seminário promovido pela Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) sobre a legislação em defesa e proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.
“A gente sabe, visualiza isso, porque os dados mostram. Porém, na medida em que os avanços acontecem, a violência também vai aumentando, porque as mulheres vão se conscientizando mais, a população se conscientiza mais, as denúncias vão acontecendo com maior incidência e hoje, deste evento, a gente tirou várias experiências, coisas que a gente precisa atacar para poder minimizar ainda mais a situação de violência domestica. Quando se fala de relação domestica e familiar, que é o que a Lei Maria da Penha protege toda violência acontecida dentro do âmbito familiar, envolve uma relação de sentimento. O agressor é o homem que ela ama. Então, há essa dificuldade, tanto que a gente já esta visualizando uma força-tarefa na Câmara, inclusive, com um projeto inovador que vai cuidar do agressor. Se a gente começa a cuidar do agressor no primeito grito que ele deu, porque se ele grita com a mulher, ele já tem um desequilíbrio no sistema nervoso. A gente precisa amadurecer a política pública no que tange a violência doméstica no âmago da prevenção, porque se tem prevenção, se consegue erradicar a conduta, e quando se consegue detectar a violência na fase inicial, tratar aquele agressor, ele não vai multiplicar. Ele vai reaprender. Você tem uma pessoa com uma conduta meio que incivilizatória, é civilizada, mas está agindo incivilizadamente. Precisamos trazer essa pessoa para a civilização e mostrar para ele que ele precisa mudar o seu comportamento, porque a sua família precisa disso para resgatar os valores familiares. Quando a gente pára para discutir a Lei Maria da Penha, a gente vê que ainda tem muito a fazer e a gente corre o risco de vê as mulheres seguirem o caminho do extermínio e a gente precisa ainda avançar muito, pois quando a gente une em prol da causa, a gente conquista”, defende Rogéria.
Mathias Jaimes e Rafael Santana