
Mesmo com o pedido de suspensão temporária do serviço de travessia entre Salvador e Mar Grande pelas “lanchinhas”, feito pelo Ministério Publico da Bahia (MP-BA), na última quarta-feira (30), as embarcações continuam operando normalmente. De acordo com o presidente da Astramab, responsável pela administração do serviço, Jacinto Chagas, a empresa ainda não foi notificada pela justiça.
“Não estávamos nem sabendo disso. Ficamos sabendo, na verdade, pela imprensa”, afirma.
O pedido, realizado pela promotora de Justiça Joseane Suzart, solicitado em caráter de urgência, complementa a ação civil pública de 2014, na qual o MP já alertava sobre as condições de precariedade do transporte. A suspensão é solicitada até que as empresas e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) garantam a segurança e eficiência do serviço.
Após o acidente com a lancha Cavalo Marinho I que deixou 19 pessoas mortas na baía de Todos-os-Santos, no último dia (24), a Astramab chegou a informar que disponibilizaria profissionais para orientar os usuários – nos embarques – sobre como agir em casos de acidentes. Mas, ontem (31), quando se completou uma semana da tragédia, a aposentada Maria Helena Gomes, de 65 anos, afirmou que nada mudou.
“Não mudou e nem vai mudar. O embarque no terminal de Vera Cruz continua o mesmo, as embarcações são as mesmas e continuamos sem nenhuma orientação de segurança. Apenas pagamos os bilhetes, nos acomodamos nas embarcações e aguardamos a viagem”, pontua a aposentada que mora na Ilha e vem sempre a Salvador para consultas médicas.
Fonte: Tribuna da Bahia