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Diante da condenação ao ex-presidente Lula pelo juíz Sérgio Moro por 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ACM Neto declarou que “isso não é motivo para ninguém comemorar e nem ficar feliz, mesmo sendo adversário do ex-presidente, mas que a decisão da justiça deve ser respeitada e cumprida”.
“Isso não me causa nenhum tipo de alegria. Eu quero dizer que a decisão da justiça tem que ser respeitada e cumprida. Evidentemente, que o ex-presidente tem a condição de recorrer e somente depois do julgamento do Tribunal Regional Federal (TRF) de Porto Alegre é que se vai ter uma posição definitiva, agora nós temos que evidenciar que hoje o Brasil mostra e dar exemplos claros de que ninguém está acima da lei. Se, por um lado, isso não me deixa feliz pessoalmente, por outro lado, em quero dizer que como cidadão, a gente reconhece a força do judiciário brasileiro, a sua independência, a sua autonomia e, sobretudo, o Brasil dá uma lição de maturidade democrática, mostrando que ninguém está acima da lei, o que serve de exemplo para quem está na vida pública ou quem pretende ingressar na vida pública, mostrando que independente do cargo que voce ocupou ou que venha a ocupar, se cometeu algum erro, a punição virá. É preciso aguardar o julgamento final do TRF, mas no Brasil, não se pode mais falar em sentimento de impunidade, o que é algo muito importante para a nossa democracia e cidadania”, disse ACM Neto.
Perguntado se a perda dos direitos políticos de Lula pode significar um fator essencial no resultado das eleições no Estado, o Democrata negou esse tipo de análise ou conjectura. “Não. Eu acho que quem quser analisar isso pelo prisma da consequência político-eleitoral está sendo irresponsável. Eu repito o que eu disse. Não existe cidadão hoje acima da lei. Isso não me traz nenhuma alegria pessoal, mas eu não farei qualquer tipo de conjectura sobre consequências político-eleitorais. Eu acho que adversários do PT tem que se organizar no momento certo que não é agora, mas no momento certo tem que se organizar para tentar construir uma vitória eleitoral, seja qual for o cenário, mas não vou conjecturar com o que vai ser consequência ou não de uma decisão judicial e não acho que isso é adequado”, pondera o democrata.
Mathias Jaimes e Rafael Santana
