
A Câmara Municipal de Salvador promove no dia 14 de março, às 15h, no Plenário Cosme de Farias, sessão solene em homenagem aos 170 anos de nascimento do poeta Castro Alves. Prevista no Regimento Interno, por meio de iniciativa do vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), a comemoração ao “poeta dos escravos” ocorre anualmente nesta data. De acordo com o parlamentar, “a obra e o pensamento de Castro Alves são contemporâneos, pois falam de liberdade”.
Já o presidente da Comissão de Cultura do Legislativo Municipal, vereador Silvio Humberto (PSB), afirma que “há pessoas que passam na terra com a velocidade e rapidez de um cometa e o seu brilho é intenso. E assim eu diria que foi Castro Alves. Mas até hoje suas bandeiras continuam de pé. Como a luta contra a discriminação racial”, ressalta.
O poeta, que faleceu com apenas 24 anos, vítima de tuberculose, fez aos 17 anos as primeiras poesias. Seu primeiro poema contra a escravidão foi “A Canção do Africano”. Em Recife, fundou junto com Rui Barbosa uma “sociedade abolicionista”.
Dentre sua vasta obra, destaca-se um dos mais conhecidos poemas da literatura brasileira: “O Navio Negreiro – Tragédia no Mar”. Castro Alves denunciou, de forma poética, a miséria a que eram submetidos os africanos na travessia oceânica, nos tempos da escravidão no Brasil, quando menos da metade dos embarcados nos navios negreiros completavam a viagem com vida.
Selo Editorial
Através de proposta aprovada em plenário em 2013, a Câmara Municipal de Salvador criou o Selo Editorial Castro Alves. O Projeto de Resolução nº 20/2013 é de autoria do ex-vereador Everaldo Augusto (PCdoB) e tem como objetivo editar e publicar obras prioritariamente de escritores baianos em formatos impresso e digital com, no mínimo, duas publicações por semestre.
As obras também têm versões em braile e áudio-livro. O selo direciona 40% da tiragem para o autor e os outros 60% são destinados à distribuição aos órgãos ligados à fomentação da cultura.
Fonte: Secom/CMS