Passa a eleição em Salvador e com novos nomes na Câmara de Salvador, o desafio dos 15 novos vereadores é de mostrar quais são as suas principais bandeiras que eles defendem e sustentam para a próxima legislatura a partir de 1º de janeiro de 2017. A eleição mostra novas caras e novas forças políticas que atuam nos segmentos evangélicos, de defesa dos animais e dos médicos com a eleição. Essa renovação no legislativo municipal chega a aproximadamente 35%, menor do que em 2012, quando foi de 56%.
A Câmara está repleto de representantes que defendem causas, propostas e objetivos, a exemplo do vereador Téo Senna (PHS), com ações, iniciativas e projetos na área do esporte. Téo Senna, que foi recentemente diretor de Esportes na gestão do prefeito ACM Neto (DEM), conta que a criação do fundo municipal do esporte, a implantação do conselho municipal de educação física e a criação da secretaria de Esporte serão pontos que irá defender.”Tivemos avanços, mas agora precisamos fomentar uma política pública para o esporte”, afirmou. Téo foi vereador entre os anos de 2000 e 2012, mas não conseguiu a reeleição.
O cantor de pagode Igor Kannário (PHS) apoia os artistas. Hélio Ferreira (PCdoB), que é presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários, vai representar a categoria. A bancada dos sindicalistas, que já tinha Aladilce Souza (PCdoB) como representante da área da saúde, conta também com Marta Rodrigues (PT), que retorna à Casa.
A bancada evangélica perdeu dois vereadores que não foram reeleitos, entre eles, Alberto Braga e Antônio Mário – ambos do PSC, mas ganhou o reforço de três representantes: Rogéria Santos e Ireuda Silva, do PRB, e Lorena Brandão (PSC). Elas se juntam a outros quatro vereadores que integram a bancada evangélica e se reelegeram – Heber Santana (PSC), Luiz Carlos e Isnard Araújo, do PRB, e Cátia Rodrigues (PHS).
Rogéria, que é advogada e militante social e ativista defensora dos direitos humanos, afirma que sua bandeira é cuidar das pessoas. “Não posso limitar meu mandato, defenderei as necessidades e demandas que forem surgindo”, disse.
Entre os novatos, Marcelle Moraes (PV), que foi eleita com uma votação expressiva (15.518), foi a terceira mais votada entre todos os eleitos. Marcelle carrega a bandeira da defesa dos animais, assim como o seu irmão, o deputado estadual Marcell Moraes (PV). Além dela, a vereadora reeleita Ana Rita Tavares (PMB) também defende a causa. A eleição aumentou também a bancada feminina de cinco para oito representantes.
“O principal projeto que vou defender é o hospital público veterinário”, disse. Ana Rita e Marcell já se depararam com uma série de discussões, chegando inclusive a uma briga judicial, com processos de ambos os lados.
A bancada dos médicos, por sua vez, será representada por Maurício Trindade (DEM) e Atanázio Júlio (PSDB), que já foram vereadores e retornam à casa, além de Odiosvaldo Vigas (PDT), que se reelegeu.
Alexandre Aleluia (DEM), filho do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), é outro que tem bandeira definida ao defender o projeto Escola Sem Partido. A eleição aumentou também a bancada feminina de cinco para oito representantes.
Alexandre Aleluia tem bandeiras claras em sua caminhada política. É um defensor das liberdades, sejam individuais ou econômicas. Propõe uma atuação política pautada na autenticidade e na prudência. Tem consciência da necessidade de construir mudanças, mas entende que é preciso ter prudência, bom senso e respeito ao passado para realizá-las. “Não acredito em planos milagrosos nem em líderes messiânicos”, afirma. Alexandre acredita que a atuação política deve ser norteada pela análise da realidade, por isso defende que o vereador deve estar muito próximo das comunidades, construindo pontes entre o poder público e as pessoas. “O vereador deve ser esse elo, a garantia de que a política não será feita à revelia das necessidades das pessoas”, assinala o vereador eleito, que vê nos valores cristãos os alicerces da sociedade ocidental. O democrata entende ser crucial, para a melhoria da qualidade de ensino, o fim da doutrinação de esquerda nas escolas. “As escolas transformaram-se em centros de formação de militância. É necessário que os estudantes tenham ampliado o debate em sala de aula e que não sejam perseguidos por conta dos princípios morais, religiosos ou políticos, quaisquer que sejam”, defende Alexandre Aleluia.
Foto: Reprodução/Site do Vereador Paulo Câmara