
A fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, expõe mais uma vez a fragilidade da segurança pública no estado sob a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT). Após cinco dias do ocorrido, o governador admitiu, nesta terça-feira (12), pedir ajuda da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para localizar os fugitivos, uma medida que reflete a incapacidade do governo estadual em lidar com a crise.
“Se for o caso, pedir ajuda da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, para que a gente possa buscar todos eles”, declarou Jerônimo, ao tentar justificar a situação durante a entrega de unidades habitacionais em Salvador.
Segundo informações, três pessoas envolvidas na fuga já foram capturadas e outras duas morreram em confronto com a polícia. No entanto, a recaptura dos presos segue lenta, trazendo insegurança à população.
O Conjunto Penal de Eunápolis, administrado pela empresa privada Reviver Administração Prisional Privada LTDA, já acumula um histórico preocupante de fugas. Esta é a terceira ocorrência em apenas oito anos. Mesmo com investimentos milionários – R$ 56,59 milhões apenas em 2024 e R$ 126 milhões nos últimos dois anos – a unidade não conseguiu evitar a invasão armada que resultou na fuga.
O episódio escancara falhas tanto na administração privada quanto na supervisão do governo estadual.
Enquanto Jerônimo tenta dividir a responsabilidade, a realidade é que a Bahia segue figurando entre as regiões mais violentas do mundo, fruto da gestão ineficiente e da falta de compromisso com a segurança pública. Promessas de campanha são rapidamente esquecidas, e quem paga o preço é o cidadão baiano, refém da violência e do descaso.