“Não é botar um decreto de cima pra baixo que vai mudar as coisas”, diz Marta Rodrigues sobre reforma política

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

Os vereadores defendem a discussão na Câmara Municipal de Salvador sobre a reforma política que tramita no Congresso Nacional para definir qual contribuição pretende apresentar para aprimorar a proposta. É o caso da vereadora Marta Rodrigues (PT) que tem defendido o debate em torno da definição de um novo sistema político no país, principalmente, no que diz respeito ao tempo de campanha eleitoral, entre outras questões envolvidas.

“É um tema que considero importante, especialmente, quando se trata de duração da campanha que vai aumentar de 45 para 60 dias com uma medida importante. Os 45 dias é um período muito pouco para que a gente tenha condições de fazer uma boa campanha, de visitar, de dialogar”, sugere Marta.

A vereadora adiantou o modelo defendido pelo Partido dos Trabalhadores (PT). “O que o PT defende é o modelo de lista pré-ordenada com alternância de gênero, porque com alternância de gênero, nós vamos ter o equilíbrio e uma promoção da igualdade, porque ai entra mulher, homem e a juventude neste debate. Além disso, vem o financiamento público de campanha para garantir a criação de um fundo para que seja dividido de forma igualitária, porque muitas vezes, nós mulheres sofremos nas campanhas por falta de mais espaço por não termos condições. Se criado esse fundo como financiamento, nos ajuda porque barateia o custo de uma campanha para que a gente tenha condições de disputar com igualdade no debate das ideias. Isso eu considero também importante para a gente levar a frente neste debate, além da lista que também, pra gente, traz esse debate sobre alguns modelos que já tem fora do Brasil, mas isso a gente entende que é um processo lento. A gente não muda uma cultura com decreto, a gente muda com a participação e com o debate e garantindo também que a população consiga melhorar e dizer qual é o melhor caminho, ainda mais no momento como este de desgaste do legislativo. É importante a gente ir melhorando, reformulando a lei e aperfeiçoando, mas ouvindo também a população. Não é botar um decreto de cima pra baixo que vai mudar as coisas”, defende Marta.

A petista lembrou que o relator da matéria no Congresso Nacional, deputado Vicente Candido (PT), já apresentou as propostas citadas por ele, que são fruto de um debate que o PT já vem discutindo.

Quanto a proposta sobre a clausula de barreira e o fim das coligações, Marta disse que há também o modelo da federalização de partidos com realização de convenções e de prévias para a decisão de como será a composição da lista.

“Isso também é um debate que ainda está evoluindo. Eu acho que nós enquanto partido não temos nenhum receio. Se for para a aprimorar para que a democracia tenha espaço para a liberdade e para a transparência, nós não temos nenhum problema. Política é assim. Nós temos que entrar e fazer a diferença”, disse Marta.

Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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