Raquel Dodge: “Continuaremos a agir firmemente contra a corrupção de verba públicas e da moral pública no País”

Crédito: André Dusek/Estadão

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fez um longo discurso na manhã de ontem no qual assegurou o compromisso em fortalecer o trabalho de combate à corrupção dentro do Ministério Público. Ela falou sobre “desconfianças e dúvidas” que surgiram sobre seu compromisso a respeito do tema e afirmou que o combate à corrupção na sua gestão é “prioritário”.

“A corrupção precisa cessar”, disse Raquel. “Considero muito importante dizer a todos com clara sinceridade algumas razões que presidem minha firme atitude contra a corrupção”, afirma Raquel. A procuradora-geral afirmou que o MP vai continuar a usar instrumentos como delação premiada, leniência, forças-tarefa e execução da pena após a segunda instância. “Continuaremos a agir firmemente contra a corrupção de verba públicas e da moral pública no País”, afirma Raquel.

Conforme ela, desconfianças são “compatíveis com a história brasileira marcada por ondas de avanços e retrocessos no enfrentamento à corrupção”. “Acolho essas preocupações com claros sinais da seriedade do meu mandato”, disse a procuradora-geral. Raquel Dodge participou da abertura de evento pelo Dia Internacional de Combate à Corrupção, realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Ela afirmou que o País vai viver um “duro golpe” se forem perdidos “instrumentos” que auxiliam no combate à corrupção – citando a execução da pena após a decisão em 2ª instância e a titularidade do MP para celebrar acordos de delação premiada. “O duro golpe de perder o futuro promissor e ter de viver um presente marcado pela desonestidade e pela desconfiança”, afirma Raquel.

As três razões mencionadas pela procuradora-geral para persistir no combate à corrupção são caminho para diminuir a desigualdade social, diminuir a ineficiência com a gestão da coisa pública e garantir a integridade no trato da coisa pública.  “Muitos programas de Estado prometem resolver problemas crônicos como garantir moradia, alimentação adequada e saúde para todos. Cada programa reaviva esperanças. A cada vez que não cumprem o que prometem, diminui a confiança e a esperança das pessoas nas instituições e no País. Um ambiente de incerteza leva ao descaso com a coisa pública”, disse Raquel. Conforme a procuradora-geral, a ineficiência é “parceira da corrupção”.

Raquel Dodge falou sobre o trabalho desde que tomou posse como procuradora-geral, em 18 de setembro, e disse que a orientação na sua equipe é de “trabalho silencioso”.  Conforme ela, nos últimos meses foi possível identificar as prioridades. “Identificamos ações penais que tinham condenações e pedi ao STF que as pautasse, e já fui atendida”, disse Raquel. Ela afirmou ainda que deu atenção a questões de debate jurídico no Supremo relacionadas ao combate à corrupção, como execução da pena após 2ª instância.

Informações extraídas do Tribuna da Bahia On Line

Sobre Emmanuel

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