Trabalhadores terceirizados do Estado decidiram paralisar as atividades em todo o Estado da Bahia. Em manifestação realizada em frente à Secretaria da Educação, auxiliares, merendeiras e porteiras reivindicaram providências imediatas da administração estadual em relação aos salários atrasados e os demais direitos trabalhistas, de acordo com Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na quinta-feira (6), pelo secretário da Educação, Walter Pinheiro, Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público do Estado (MP-BA).
“Todos na Bahia conhecem a história de sofrimento dos trabalhadores. São mães e pais de família, trabalhadores do Estado, que continuam sem receber vale transporte, vale alimentação, salário. O Estado não cumpriu nenhum dos acordos assinados com o Ministério Público. Viemos aqui cobrar e esta semana será toda de manifestação”, afirmou em entrevista Edson Conceição, diretor do Sindilimp.
Questionado sobre a possibilidade de trabalhadores saírem da condição de terceirizados e ocupar cargos no estilo REDA – Regime Especial de Direito Administrativo, Edson admite ter sido “pego de surpresa” e questiona como o Estado irá pagar estes trabalhadores, “se a empresa que não tem dono não está pagando imagina o Estado que sequer está fazendo o repasse às empresas irá pagar? O Estado que não paga fornecedores, o Estado que a educação e saúde está mal como irá pagar os trabalhadores? O Estado precisa resolver a vida dos trabalhadores pagando direto aos trabalhadores. Pague as empresas, pague encargos e planos de saúde. O Estado não quer resolver, o Estado não quer resolver a vida do trabalhador terceirizado”. (Imagem: Rafael Santana / TVServidor)