Renan Calheiros: “Há inquéritos instaurados sem um fiapo de prova, a partir de meras alusões mentirosas e irresponsáveis de alguns delatores”

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em um discurso realizado da tribuna do Senado, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), criticou na quarta-feira (22), o que chamou de vazamentos “seletivos” realizados no âmbito da Operação Lava Jato e se disse vítima de preconceito e perseguição por parte do Ministério Público Federal.

As declarações de Renan ocorreram em meio à expectativa de ser levantado o sigilo das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht no Supremo Tribunal Federal. O discurso também ocorreu um dia após deflagrada a Operação Satélite da Polícia Federal, que teve como alvos pessoas ligadas ao peemedebista e aos senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE); Valdir Raupp (PMDB-RO) e Humberto Costa (PT-PE) e o governador de Alagoas, Renan Filho.

“Perplexo percebo seguidas tentativas de me jogar num ambiente de manipulação, vazamentos, embustes e publicidades opressivas. Onde se multiplicam inquéritos instaurados sem um fiapo de prova, a partir de meras alusões mentirosas e irresponsáveis de alguns delatores”, afirma Renan em discurso que durou certa de uma hora.

O líder do PMDB disse que vários juristas vem demonstrando preocupação com o “denuncismo e desinformação”. Ele destacou as declarações feitas pelo ministro Gilmar Mendes de que o conteúdo vazado poderá deixar de servir como prova.

“Em qualquer lugar do mundo civilizado se uma delação vazar, como no Brasil, ela estará automaticamente desfeita. Foi isso que o ministro Gilmar Mendes chamou a atenção. Esses vazamentos seguidos a que objetivam? Será que são propositais para anular as provas? O Supremo não pode conviver com isso tem que por um limite”, defende.

‘Cenário de medo’

Apesar de defender as delações e dizer favorável as investigações, Renan considerou que os métodos adotados atualmente se baseiam na criação de um “cenário de medo”. “A estratégia dos órgãos repressores é erguer cenário de medo a partir da prisão preventiva para obter colaboração supostamente voluntária de investigado e depois de vazadas seletivamente para a mídia. É sempre o mesmo caminho”, critica.

Fonte: Estadão Conteúdo/Jornal O Estado de São Paulo

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